terça-feira, 1 de junho de 2010

NO FOGO COM DEUS


Eu sempre me perguntava como seria estar diante de uma situação de extremo perigo. Tendo em vista, que em determinados momentos em que eu me deparava em situações difíceis ou que tinha de tomar atitudes imediatas, eu ficava totalmente estático e sem ação.

Até que num certo dia, eu estava trabalhando em uma livraria da antiga igreja onde congregava, quando por volta das 8 horas da noite entra um rapaz com boné na cabeça e com uma sacola. Ele joga a sacola em rumo ao caixa e com a arma em punhos diz pra eu pegar todo o dinheiro do caixa e por na sacola.

Naquele momento eu creio que perdi até a cor, porque a fala já era, fiquei mudinho da silva. Ele estava muito agitado, e em todo o tempo dizia pra que eu não olhasse pra ele. Se eu dissesse que não fiquei com medo, eu estaria mentindo, porque na verdade eu tive medo sim, pois não sabia o que iria me acontecer, e até por já ter ouvido falar tanto de assaltos que findavam na morte da vítima.

O mais estranho no momento do assalto é que a livraria estava praticamente cheia, porque lá também havia acesso à internet e tinha muita gente acessando naquele instante. Porém, ninguém percebeu que eu estava sendo assaltado.

Contudo, depois de eu ter passado todo o dinheiro do caixa, ele me mandou deitar de bruços no chão, e disse que se eu desse ao menos um “pio”, ou fizesse qualquer barulho, ele voltaria e atiraria em mim. Nesse momento o meu medo aumentou, e achei que de qualquer forma ele atiraria. Então, só me restava orar a Deus e pedir o seu livramento, e foi o que eu fiz.

Mas, logo ele saiu e eu só agradecia a Deus por não ter permitido que mal algum ocorresse a mim, ou a quem estava no estabelecimento.

Passado alguns meses, eu já havia deixado a livraria e estava trabalhando com meus pais no comércio deles, um mercadinho. Num determinado dia, voltando pra casa depois de um dia exaustivo, eu estava tranqüilo ouvindo músicas no meu mp3 quando de repente ouço alguém gritando alto. Eu tiro os fones do ouvido, e ouço o rapaz dizendo que é um assalto. Dois caras, um com um revolver e o outro com um terçado. Meu coração foi a mil, quanto mais o cara com o revolver gritava, mais eu ficava preocupado, e ainda mais quando ele foi pra perto do motorista, pois achava que ele lhe faria mal.

Mais uma vez me deparei com uma situação que já havia vivido, e que concerteza, não almejava presenciá-la novamente. Fechei meus olhos, baixei a cabeça e comecei a orar com tanto fervor como se nunca o tivesse feito. No entanto, logo comecei a questionar com Deus o pra que de estar vivendo aquilo novamente, pois naquele momento eu me encontrava muito angustiado e triste por estar naquela situação de novo. Porém em meio aquele turbilhão de sentimentos em que me achava, o Espírito Santo de Deus me disse: “Eu lhe prometi que o livraria no fogo, e não do fogo” (Isaías 43:2).

Passado alguns minutos os assaltantes desceram do ônibus, e nos deixaram seguir viajem e nada de mais grave nos ocorreu.

Contudo, pude ver o grande livramento de Deus, e saber que de fato Ele não mente quando diz que muitas são as nossas aflições, mas que nos livra de todas elas (Salmos 34:19). E pra finalizar disse que no mundo teríamos muitas aflições, mas que Ele mesmo já havia vencido o mundo (João 16:33). Portanto, creia que Deus vela pela sua vida, ainda que você não veja, tenha fé que seja qual for o seu deserto ou os seus gigantes, creia que Deus é por você e que nessa luta você não terá de pelejar, pois ele é quem peleja por nós.

Gilson Severo

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